Mofo. De origem controversa, mas de significado semelhante em outras línguas, designa a ação de fungos que se acumulam na presença de umidade. A intervenção em questão se apropria do nome mofo e dos estudos que os alunos do 1º período de Design Gráfico da UFG, sob orientação da professora Anna Behatriz Azevedo, fizeram: daí mofologia.
Linhas. Manchas. Linhas manchadas. Manchas desalinhadas. Um cubo como base para a explosão das (des)formas que se juntaram – e se juntarão e se reinventarão – no espaço onde há o estéril do branco e por vezes o cheiro do eucalipto que encobre os dejetos: o banheiro. Assim, a intervenção mofologia apropria-se desse espaço na Universidade com o intuito de por em prática as mudanças de pontos de vista, percepção sobre onde se intervém. O banheiro deixa de ser (somente) banheiro a partir do momento em que há um deslocamento de desenhos/objetos em mancha em seu contexto. Altera-se a rotina do olhar no espelho, do lavar as mãos, do aliviar-se das necessidades. A intervenção, de qualquer tipo com cunho artístico, ressignifica o espaço, lançando sobre ele novas perspectivas, novas impressões,agride, encanta, choca, revela, desvela e vela. O mofo se expande.
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